Imagino que cada um deve ter sonhos, vontades, desejos, curiosidades,
segredos...
Talvez muitos já realizou vários sonhos, ou vontades, ou desejos,
ou curiosidades, ou revelou vários segredos que não são mais.
Sonho é uma coisa muito engraçada, porque por ora parece que é
verdade, mas se fosse verdade não seria sonho, buh!
A vida está muito longe de ser um sonho, não é mesmo?
A vontade é algo que acontece constantemente e eu nunca estou
satisfeita com ela.
O desejo é natural, vêem do corpo como também vêem da alma, desejo
de se provar, pra si, pra ti, pra vós, não importa.
Eu vivo de curiosidades, acho que a curiosidade está nos passos de
qualquer pessoa, de criança a idoso. Uma palavra que você não
conhece e quer saber o significado, ou uma tradução de música,
ou o sabor de uma comida que você viu na tv, ou numa revista, ou
que alguém falou, ou uma pessoa, um beijo, um olhar... Curiosidade,
nunca vai te deixar.
Já os segredos, bom, eu tenho vários, ou talvez não tenha nenhum, porque
isso depende do quanto você pode dividir com alguém, mas se você dividir
então deixa de ser um segredo. Digamos que temos vários segredos sim, mas
não com uma dimensão de um segredo de verdade, porque é como eu disse,
segredo que é segredo, não é compartido.
Uma parte que não existia em mim, ou que eu até o momento desconhecia
surgiu no meu dia, a manhã nasceu diferente de todos os meus outros dias,
está sem tempero, está sem cor, está sem cheiro nem fedor.
A visão do meu dia hoje é sem nenhuma tradução de felicidade, não sinto
pressa de seguir e nem de ficar, me sinto numa mão contraditória, ou será
que estou me sentindo na maõ certa?
Eu nunca sei exatamente o que é certo, porque muitos pensam de um jeito, e
muitos pensam de outro, e pra cada um o certo é o seu certo, portanto
nunca sabemos o que realmente é certo.
O meu certo mesmo que não seja certo pra muitos, pra mim é certo porque há
principios que veio através da minha formação, desde criança, o meu certo
é certo porque eu não prejudico ninguém, eu não maltrato, eu não ignoro,
eu não desejo o mal, tudo que eu faço é pelo meu bem e pelo bem de quem eu
gosto ou está perto da minha vida social. Nunca fiz nada em prol de machucar
nem à mim e nem aos outros, se algum dia aconteceu, não foi a minha intenção.
Eu deveria saber sempre que nada é do jeito que a gente quer, e tudo, do menos
ao maior, do mais insignificante ao mais importante, tudo tem um propósito
maior, tanto se vier do céu, como da terra.
E nada, nada é por acaso. Não adianta eu prometer se eu não sei o dia de amanhã,
não adianta eu jurar, se eu sei que não sei se vou cumprir, não adiantar eu
esconder qualquer coisa que seja, porque um dia tudo vem à tona, não importa
o tempo que passe. E não adianta eu dizer pra mim mesma que eu não quero mais,
que eu não quero mais tantas coisas...
A gente nunca tem certeza de nada, com exceção talvez da morte, mas sei que no
momento a minha tristeza é linda, isso parece irônico né? Mas é porque
a minha tristeza na maioria das vezes se transforma em poesia.
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