domingo, 31 de outubro de 2010

Um dia comum.

Peço aos ventos da primavera que me
leve embora como uma folha seca.
O inverno está a cada dia
mais constante na minha vida,
me sinto fria, meus pensamentos
são gélidos.
Os dias precedem com um
gosto de surpresas, mas são surpresas
das quais no final eu já esperava.
As lembranças estão me enlouquecendo,
por fora está tudo intacto, mas por
dentro tudo me corrói.
Sinto falta de algo, mas não sei o que
é, e também não consigo mais encontrar,
mas penso sempre nisso, pois me faz falta,
eu sempre lembro e tenho a sensação de que
vou sempre me lembrar.
Há momentos que eu penso que estou cega,
e tem horas que penso que seria mesmo
preferível.
Há momentos que eu penso que estou surda,
e tem horas que eu penso que seria mesmo
preferível.
Sempre que eu olhava o céu havia uma estrela
brilhando pra mim, hoje eu não vejo mais o
seu brilho, acho que perdi a minha estrela,
ou ela se perdeu no infinito, pena que não
foi no meu infinito particular...
Quase sempre me sinto morta, mesmo sabendo
que ainda estou viva, a vida parece rastejar,
aliás, eu é que me rastejo, sem motivação,
sem expectativas.
Mas, estou pensando muito em roubar um sorriso,
pode ser o seu, assim ele vai brilhar no lugar
da minha estrela, ou se tornar a minha nova
estrela, pois o meu eu é infinito e ilimitado.

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