quinta-feira, 15 de julho de 2010

Venenos



Eu quero libertar a minha mente, apagar um passado do qual não quero mais me lembrar, quero curar todas as minhas cicatriz, quero que os dias ruins passem, mais não quero começar tudo de novo, quero apenas ficar aqui
até meu coração se acalmar e esquecer.
Talvez um dia eu possa realmente esquecer tudo e perdoar, preciso libertar meu coração pra poder amar novamente e seguir em frente.
Os meus caminhos estão escuros, eu quero uma brecha de sol, um raio que me ilumine, que faça valer a pena, eu sei que nada está perdido, sempre encontramos o que procuramos, mais também nos cansamos de procurar, por isso não vou mais procurar, as vezes nem sei exatamente o que procuro, então
vou esperar que me achem, as memórias irão e eu não vou mais
temer, no entanto não tenho certeza se quero continuar a
lutar, pois não tenho mais certeza do que venha a ser o meu
propósito, apesar de saber dos meus princípios.
Eu necessito de um sinal, algo que me faça ver e sentir,
sentir que nada está perdido e que um dia tudo será melhor.
Sinto algo estranho dentro de mim, um sentimento do qual não
sei explicar, é meio que uma mistura de dor, solidão, carência,
angústica, raiva, euforia, vontade, desejo, amor, saudades... E
tudo isso se espalha dentro de mim e ao mesmo tempo que é inteso
demais que chegar queimar, eles se tornam fracos e frios e
depois some como fumaça, e eu não sinto mais nada.
Eu preciso de um antídoto pra curar esses venenos que me afetam,
preciso de um antídoto pra não mais cair, tenho que me levantar,
preciso muito acabar com esses venenos, porque eles é que estão
acabando com os meus sentimentos, com as minhas emoções, e isso
está se tornando um jogo sem fim.
Eu quero apenas dias coloridos pra iluminar as minhas noites,
quero um sol pra dar luz à lua e as estrelas pra me acompanhar,
quero o pôr-do-sol pra explusar os meus pesadelos, quero algo,
algo do qual eu ainda não sei o que é, mais sei que aqui dentro, no
meu infinito mais profundo eu vou encontrar.

'Eu estava dormindo e me acordaram
E me encontrei, assim, num mundo estranho e louco...
E quando eu começava a compreendê-lo
Um pouco,
Já era hora de dormir de novo'!

"Mário Quintana"