sábado, 28 de fevereiro de 2015



O teu preconceito virou poesia

Quanto mal há na menina burguesinha que namora o pretinho da favela?
Quanto mal há na moça risonha que usa uma roupa que não é de bacana?
Quanto mal há na mulher que só é aceita como dona de casa e não como uma grande empresária?
Quanto mal há na garota do subúrbio que para Harvard ganha uma bolsa de estudos?
Quanto mal há no terno gravata e na calça jeans e camisa regata?
Quanto mal há quando o seu caráter é duvidoso, por contas de tatuagens e outros gostos?
Quanto mal há no velhinho que sai para passear e assim é desprezado por umas rugas apresentar?
Quanto mal há nesse quesito beleza, onde a magra é a bela e a gorda é a fera?
Quanto mal há nas meninas que se beijam e nos rapazes que pelas ruas de mãos dadas andam, e por assim serem, apedrejados são, tanto por palavras, quanto pelas mãos?
Há um mal profundo, que está enraizado em todos nós, quem aqui que diz não ter preconceito, que levante a voz.
Hahahaha'
Diga-me, você e você, nós, vós, eles!
Onde está o nosso livre arbítrio?
Pergunto a você que se julga o melhor, mas que na verdade não passa de um ser sem escrúpulo, sem a menor dó.
Chega a ser pecado, fazer com que o teu preconceito vire poesia, a cada palavra que escrevo, por mais resumido que seja, não passa de ser a realidade de um mundo, onde a maioria é um bando de desordeiros.