Ao som de Janis Joplin, eis um texto.

Se eu for parar pra pensar em todas as circunstâncias de uma vida inteira, até que eu cheguei longe. Caminhando às vezes sem ao menos saber pra onde ir e sempre com aquele pensamento positivo, cheguei até aqui, mas ainda não estou nem perto de saber onde devo parar e pra que lado devo continuar.

Acho que nunca tive uma dependência, tipo algo ou alguém que me segurasse em um só lugar, sempre fui muito tranquila e sempre tive aqueles velhos problemas, em várias ocasiões tudo contra tudo e nada contra nada. Na verdade o problema era eu mesma, pois dava demasiada atenção a tudo com muita precisão e exagero.

Impulsiva eu?! Imagina - Ironia pura.

Eu olho pro relógio, a hora está certa.

Eu olho pra receita e sei que o bolo sairá bem feito.

Eu olho as roupas e todas elas estão bem costuradas.

Eu olho pro tijolo e sei que a casa será erguida.

Eu olho pras pessoas e elas são lindas, cada uma de uma forma e beleza diferente. Sim, claro!

E isso é tudo o que vejo.

Acho que pensar demais me deixa insana na maioria das vezes, porque posso pensar errado demais, ou até mesmo certo. Não sei, mas gostaria de ter um raciocínio mais apurado para as coisas, já me peguei cega em muitas situações e não adianta, isso vai sempre acontecer, é fato.

Quanto mais busco o normal da vida, mais dou de cara com a negligência, e vou confessar que nem procuro evitar, por ora é acidental e mesmo assim eu não evito.

Tenho tantas expectativas que no final acabam sendo nocivas a mim.

Minha vida é um verdadeiro teatro, às vezes parace uma comédia, por hora um drama inacabável, e em outros uma cortina de fumaça onde me torno insensível aos sentidos, as pessoas, à tudo que está fora ou perto do meu alcance.

A minha mente é cheia demais e me prega cada peça, quando penso que isso é assim, na verdade é assado.

Uma mente cheia de segredos que aos poucos são desvendados.

Uma mente louca, é tenho uma mente fora do comum.